Índice
Tema: “A ciência de Deus e o sexo das
borboletas” de Daniel da Costa: Uma proposta para reflexão sobre o aspecto
social moçambicano.
1. Introdução
O presente trabalho tem como tema: “A ciência de Deus e o sexo das borboletas” de Daniel da Costa: Uma
proposta para reflexão sobre o aspecto social moçambicano.
E é motivado pelo facto de se ter constatado em alguns
contos desta obra, que o aspecto social é representado de uma forma que choca
com o jeito como é concebida pela maioria das comunidades moçambicanas e
africanas no geral. O trabalho tem como objectivo procurar revelar e mostrar o
papel desta obra na reconstrução do aspecto social moçambicano.
E tem como problema a seguinte questão: Qual é o papel
desta obra na reconstrução do aspecto social moçambicano?
Segue uma abordagem indutiva, pois a partir de dois
contos ira apresentar conclusão geral sobre a obra e terá como método de
procedimento, o funcionalista, uma vez que procura explicar o papel que esta
obra exerce na reconstrução do aspecto social moçambicano.
Espera-se que este trabalho contribua esclarecendo as
mudanças pelas quais o aspecto social moçambicano está a passar.
O trabalho encontra-se organizado da seguinte forma:
Primeira parte: Apresentação da obra, Resumo dos contos propostos para análise.
Segunda parte: Enquadramento teórico, revisão da literatura. Terceira parte:
Analise e interpretação da obra, conclusão e bibliografia.
1.1. Apresentação da obra
A obra “ A Ciência
de Deus e o Sexo das Borboletas” de Daniel da Costa foi publicada em 2007,
pela editora Ndjira. É uma obra composta por doze (12) contos, nomeadamente,
“As regras de Ntemangau”, O vendedor de relâmpagos”, “O ladrão bom”, “O castigo
da Rainha”, “O rato de aluguer”, “O cortejo das sogras”, “A gravata da Austrália”,
“A rolha conjugal”, “Alô estádio da Machava”, “O homem que deixava as coisas a
meio”, “A confissão” e “O sexo das borboletas”. E contém cerca de 104 páginas.
O presente trabalho centrará a sua análise em apenas
quatro contos (3), nomeadamente, “As regras de Ntemangau”, “O ladrão bom” e “O
cortejo das sogras”.
2. Resumo dos contos.
As regras de Ntemangau
O conto retrata o dilema de Soverina, residente em Ntemangau,
onde para casar tinha como uma das regras principais engravidar do homem que se
pretende casar e em seguida ir viver a casa dele de modo que o bebe nasça na
casa deste. E Soverina ficou grávida e apaixonou-se pelo director do projecto,
um branco, que viera para África no quadro de assistência técnica aos
camponeses. Mas o bebe que Soverina esperava, não pertencia ao branco,
pertencia sim a um jovem negro, residente em Ntemangau. E o dilema de Soverina
resume-se no facto de ela amar um homem e estar grávida de outro.
O ladrão bom
Retrata a história de um homem que vê sua casa invadida
por ladrões no meio da noite enquanto dormia, a casa continha um bom sistema de
segurança e guarda. Os ladrões deixaram que ele acordasse e amarraram-no,
torturaram-no, obrigando-o a dar informações sobre o dinheiro e outros bens
valiosos que pudessem estar na casa, e caso não o fizesse ele seria morto. Mas
antes, esvaziaram a casa, carregados todos os móveis presentes dentro da casa,
incluindo a cama em que o narrador dormia. A tortura incluía queimaduras de
ferro de engomar, cujo objectivo era obriga-lo a revelar os códigos dos cartões
do banco, o homem deu os códigos certos, mas os assaltantes não acreditavam e
ameaçavam-lhe queimar com o ferro, ate que de forma milagrosa um dos
assaltantes ordena a cessação da tortura e retiram-se, deixando o homem
imobilizado no chão.
O cortejo das sogras
Retrata a história que um grupo de senhoras que ao
receber a informação da morte de um político residente na mesma região, organizaram-se
para ir prestar homenagem ao suposto morto e dar apoio a suposta viúva. Mas ao
chegarem a casa do suposto deputado morto, deparam-se com um cenário que não
sugeria luto naquela residência, e quem as recebe é a esposa do deputado, que
fica indignada com a visita e o motivo da visita, e liberta os seus cachorros
para que as senhoras possam se retirar de forma rápida.
3. Enquadramento teórico
Nesta fase do trabalho iremos debruçar sobre o conceito
teórico que irá guiar o presente trabalho.
Falar de aspecto social é falar de sociologia, pois o
aspecto social, para além de ser representado no âmbito dos estudos literários,
é o objecto de estudo da sociologia, sendo assim, torna-se imperioso definir
sociologia e deste modo incidir-se sobre o aspecto social.
Segundo Giddens (2001: 2), sociologia é o estudo da vida
social humana, grupos e sociedade, e tem como tema de estudo o nosso
comportamento enquanto seres sociais. Ora, se o autor afirma que a sociologia
se dedica ao estudo da vida social humana, grupos e sociedade, entende-se logo
que a sociologia dedica-se ao estudo do aspecto social, isto é, as relações
entre o homem e a mulher, a família e a sociedade. E a forma como este se
influenciam mutuamente.
Pode se afirmar que aspecto social é a forma de agir, de
pensar ou sentir. Que pode ser individual ou de uma sociedade inteira. A forma
como a sociedade concebe o casamento, o bem e o mal (ética), e como vê a morte,
fazem parte daquilo que se considera aspectos sociais, e como estes conceitos e
instituições influenciam no comportamento dos indivíduos e, como estes
indivíduos influenciam na reconstrução destes conceitos e instituições.
Segundo o dicionário enciclopédico Alfa (1992:1106),
sociologia é o estudo objectivo das relações que se estabelecem, consciente ou
inconscientemente, entre pessoas que vivem numa comunidade ou num grupo social,
ou entre grupos sociais diversos. Ora, de acordo com esta definição, entende-se
perfeitamente que aspecto social é referente as relações, comportamento que uma
sociedade tem, a forma de conceber o casamento é um aspecto social, a forma
como é concebida a ética é também um aspecto social, bem como a forma que os
indivíduos usam para propor mudanças na sociedade.
Sendo assim, entende-se como aspecto social tudo que esta
inerentemente ligada a forma como os indivíduos se relacionam dentro de uma
sociedade, e como uma sociedade se relaciona com outra sociedade.
É importante, deixar ficar a definição de alguns
conceitos que serão usados neste trabalho, e citados acima, como por exemplo:
Ética, que segundo
do dicionário enciclopédico Alfa (1992:456), é uma investigação filosófica do
comportamento do ponto de vista dos juízos de aprovação ou desaprovação do bom
e do mau, do correcto e do incorrecto, do válido e do condenável. Casamento (p.230),
é a união legítima entre homem e mulher. E morte (p.791), é a cessação da vida,
no sentido figurado pode se entender como dor acerba ou pesar profundo.
4. Revisão da literatura
Nesta fase do trabalho, iremos debruçar-nos, no que toca
ao que os outros autores disseram ou fizeram sobre o assunto em análise e sobre
a obra.
No entanto, não sendo possível para nós, ter acesso a
estudos feitos sobre a obra em análise, iremos socorrer-nos de outros texto que
aborda sobre o aspecto social na literatura moçambicana.
Quive (2005), ao analisar a poligamia na obra “Niketche: uma história de poligamia” de
Paulina Chiziane, tem como objectivo mostrar de que forma a autora representa
ou retrata o fenómeno da poligamia na obra, tendo em conta o contexto cultural
e social moçambicano. E chega a conclusão que, “o fenómeno poligamia é
extremamente controverso, a dimensão conceptual deve ter em conta as
diversidades do contexto cultural e social de cada sociedade, e a poligamia na
obra é um reflexo nítido e critico de questionamento da tradição e da modernidade.”
(p.32) Conclui ainda que, “a autora com esta obra mais do que defender os
valores tradicionais da poligamia, procura estabelecer regras bem precisas,
permitindo um equilíbrio social da mulher.” (p.33)
Nascimento (2003), ao analisar o aspecto social presente
no conto a “A fogueira” de Mia Couto,
foca-se na submissão da mulher em relação ao homem, e a relação que estes
mantêm com a natureza e a visão deste povo em relação a morte. E afirma citado
Tindó, que Mia “transporta para sua obra um modo novo de pensar a linguagem, a
história de seu país e do mundo, como também os sentimentos e as emoções
universais do ser humano.” (p.01)
Ora, Nascimento (2003) e Quive (2005), convergem no que
toca ao objecto de análise, o aspecto social, tendo como principal alvo a
mulher e a submissão desta em relação ao homem. Contudo, Nascimento foca-se,
não só na submissão da mulher, mas também na relação que o homem e a mulher
estabelecem com a natureza que os rodeia, enquanto Quive foca-se na função que
a representação da poligamia exerce para a compreensão do sentido do texto, e
na intenção da autora ao representar este fenómeno social, afirmando que a
autora com esta obra pretende estabelecer regras para permitir o equilíbrio
social da mulher.
5. Análise e interpretação
5.1. O aspecto social em “A ciência de Deus e o sexo das borboletas” de Daniel da Costa.
A nossa análise ira centrar-se em apenas quatro contos já
descritos. E nesta fase do trabalho, iremos apresentar os aspectos sociais
representados nos contos propostos para análise.
E a pergunta que se segue é: Que aspectos sociais estão
representados nos contos propostos para análise?
Os aspectos sócias representados nos contos propostos
para análise são o casamento, a violência doméstica, a submissão da mulher, a
hipocrisia e a ética.
No conto “ As regras de Ntemangau, encontra-se
representado o casamento, e são descritas as regras pelas quais se deve seguir
até ao casamento, e durante a sua duração. E tem como principal alvo a mulher e
o seu papel nesta instituição. A seguinte passagem textual ilustra claramente a
afirmação: “ Nesse lugar, os homens são caçados, com base em três velhos e
pobres passos.” (p.11) “ A primeira regra de Ntemangau é a seguinte: deixa-te engravidar na primeira ocasião em
que fizerem sexo.” (…) Regra dois: o
bebé deve nascer sob o tecto do futuro marido, esteja ele em casa própria ou
dos seus pais.” (p.11). As duas regras acima citada dizem respeito aos
procedimentos a seguir antes de se consumar o casamento e como se deve proceder
até este se tornar real.
A citação a seguir ilustra a atitude que a mulher deve
tomar durante a duração do casamento, ora vejamos, “… a terceira regra: uma vez em casa dele, não se sai mais de lá,
a não ser no caixão”. (p.11)
Um outro aspecto interessante e intrigante é o facto de mulher
antes do casamento engravidar do homem pelo qual está interessado, e depois
disso, esta deve fazer o esforço para o bebé nasça na casa do provável pai,
isto mostra claramente que o casamento representado no texto em análise é de
certa forma movido por questões materiais.
Ainda neste conto encontra-se representado a violência
doméstica contra a mulher, tal como ilustra o seguinte trecho:
“ –E a pancadaria,
mãe?
-Oh a pancadaria!
Estás mesmo preocupada com a pancadaria? Nem o vosso pai foi um homem diferente
nisso (…) Também tens de aguentar. Tem de ser ele a abandonar-te.”
“…Maria, irmã mais
velha de Soverina, tinha seguido à risca a fórmula de Ntemangau, mas não chegou
a atingir o objectivo. Ficou-se pelas sovas e apanhou depois um derrame cerebral,
quando sonhou que o marido se aproximava de novo, (…) Foi um estalo num dos
hemisférios do cérebro o que a atirou de vez para uma cadeira de rodas.”
(p.12-13)
E no conto “ O ladrão bom”, esta representado a ética,
isto é, o bem e o mal. Neste conto, esta retratado o dilema pelo qual o
narrador passa durante uma noite, na qual a sua casa é assaltada e ele fica a
beira de ser torturado pelos ladrões, que também ameaçavam-no matar se não
satisfazer as suas exigências. E apesar de ter ficado com casa despojada de
todos os móveis, o narrador sentiu-se bem pelo facto de os ladrões não o terem torturado,
tal como haviam prometido. Vejamos o seguinte trecho que abre o conto: “ Nem me
devia atrever a dizer isto em público, mas aquele ladrão tinha um coração bom.
(…) O patife não pode ser um santo, prejudica. Até chega a tirar a vida a
outras pessoas, um assassino. Mas aquele era um ladrão especial, insisto. Sei
que isto é controverso, …” (p.25)
A citação acima mostra um narrador ciente da polémica que
as suas declarações podem suscitar, mas insiste em afirmar que o ladrão era
bom. Poderíamos questionar: Quando é que podemos considerar que um ladrão é
bom? Ora, a sugestão dada pela diegese, o ladrão é bom quando não tortura a vítima
e nem mata-a, limitando-se apenas em retirar-lhe os bens materiais.
No conto “ O
Cortejo das sogras” encontra-se representado a falsidade, o fingimento, ou seja
a hipocrisia. O conto retrata o percurso fúnebre, organizado por um grupo de
senhoras, cujo objectivo era prestar homenagem a um suposto politico que havia
sido dado como morto. E durante este percurso, são revelados os verdadeiros
motivos daquele encontro. Tal como sugere o seguinte trecho:
“A procissão ainda vai no adro (…)
Muitas delas não conheceram
o falecido. (…) Se conheceu ou não, isso não interessa, (…), temos de nos
ajudar umas à outras, especialmente em momentos difíceis como este, (…)
Mas todas ali
sabiam no seu íntimo que o pico do que as juntava naquele cortejo ainda alegre
eram as capulanas e os lenços, a secreta necessidade das comadres exibirem os
trapos umas às outras, em renhido concurso de vaidades cujas raízes se podem
facilmente associar à visão que determinadas sociedades matrilineares têm do
lugar que a sogra ocupa no casamento da filha.” (p.48)
Neste texto, o fingimento é representado pelas sogras,
pois, era suposto que as senhoras se reunissem naquele cortejo fúnebre,
simplesmente para prestar homenagem ao político dado como morto e prestar apoio
a viúva, mas o momento é aproveitado para exibir a sua vaidade e criticar a
nova geração, tal como ilustra a seguinte citação: “Nos nossos tempos, comadre,
não havia miúdos malcriados assim, despenteados e a fumar. Estariam em casa a
fazer os deveres da escola. Mas, agora, se nem os próprios pais estão na linha,
o que se lhes pode pedir?” (p. 47)
Neste trecho esta claramente ilustrada a hipocrisia,
pois, notamos claramente que as senhoras para além de criticarem a nova
geração, auto criticam-se, “…, se nem os
próprios pais estão na linha”[1],
com este trecho nota-se claramente a auto crítica, ora, se fazem menção aos
pais dos miúdos, estão a assumir que elas como mães desses pais falharam com a
educação dos seus filhos, formando-se deste modo um ciclo vicioso.
6. “A ciência de
Deus e o sexo das borboletas” de Daniel da Costa: Uma proposta para
reflexão sobre o aspecto social moçambicano.
6.1. O casamento, a ética e a morte na
obra como proposta para reflexão
Depois de apresentarmos alguns aspectos sociais presentes
na obra, a questão que se levanta é: Como é que a obra propõe a reflexão do
aspecto social moçambicano?
A obra propõe a reflexão do aspecto social moçambicano,
trazendo aspectos sociais que de certa forma deixam o leitor confuso, e
intrigado. Vejamos o conto que por sinal abre a narrativa, isto é, “As regras
de Ntemangau”, neste conto, notamos claramente uma forma característica de se
conceber o casamento, forma essa que choca com o processo como é concebido o
casamento na sociedade moçambicana. Na sociedade moçambicana patrilinear, assim
como na matrilinear, a mulher só deve engravidar depois de se consumar o
casamento, e não antes. Ora, no conto acima citado, vê-se uma inversão desta
ordem, onde a mulher para que case é necessário que ela engravide antes do
casamento é que a família deve fazer um esforço no sentido de colocar a filha
engravidada na casa do suposto autor da gravidez. Este conto ao apresentar
regras para se casar, vem propor um debate para reflectir sobre este aspecto
social, o casamento.
No conto “ O
ladrão bom”, o titulo em si, já nos deixa de certa forma confusos e perplexos,
e questionamos: quando é que podemos afirmar que um ladrão é bom? O conto de
certa forma coloca essa mesma dúvida, ao apresentar-nos um narrador ciente da
polémica que o seu depoimento ira causar no leitor, contudo, continua a afirmar
que o ladrão pode ser bom. Como já foi deixado ficar anteriormente, o ladrão só
pode ser bom se não torturar a vítima e se não mata-la. Apartir deste conto, o
autor, vem propor um debate sobre ate que ponto algo pode ser mau ou bom,
aceitável e condenável, etc., e neste aspecto estaremos a nível da ética.
No conto “ O cortejo das sogras”, encontra-se
representado a morte, que a cessação da vida. Mas neste conto deve-se olhar a
morte no seu sentido figurado, como pesar profundo, dor amargurada, angústia.
No entanto esta morte, não é a sugerida pelas personagens representadas no
texto. No texto, nota-se claramente personagens que em nenhum momento no
desenrolar da narrativa revelam esse pesar profundo, a amargura e a tristeza.
Verifica-se personagem mais interessadas em exibir a sua vaidade, e aproveitar
o momento para regalar.
Sendo a sociedade moçambicana actual, ligada ao
capitalismo e o capitalismo mantém uma ligação directa com o materialismo,
verifica-se uma alteração de valores morais e institucionais. E o autor Daniel
da Costa, através da sua obra “Ciência de
Deus e o sexo das borboletas”, apresenta um mundo ficcional onde os valores
sociais, morais e éticos, chocam com os preconcebidos. O que sugere que esta
obra é uma proposta para o debate sobre os conceitos sociais, que devido as
mudanças económicas, tecnológicas e não só, estão a sofrer mudanças, e há uma
necessidade urgente de se rever e se reestruturar as normas que regem a
sociedade moçambicana e não só.
7. Conclusão
Depois da analise dos contos propostos que fazem parte da
obra “Ciência de Deus e o Sexo das
borboletas” de Daniel da Costa, concluímos que com esta obra o autor ao
representar o aspecto social na sua obra, construindo um mundo ficcional onde
estes aspectos chocam com os preconcebidos pela sociedade. Procura propor um
debate para reflexão do aspecto social moçambicano, uma vez que, devido as
mudanças económicas, sociais, politicas e tecnológicas, tem se verificado mudanças
em alguns comportamentos individuais e da sociedade inteira e sugere uma
necessidade urgente de se rever as normas que regulam o comportamento dos
indivíduos dentro da sociedade e da sociedade em relação a outra sociedade.
E este autor usa a literatura para espelhar essas
mudanças que estão a se verificar na sociedade moçambicana, socorrendo-se da
afirmação do crítico norte-americano Northrop Frye, citado por Nascimento (2003:01),
que diz: “na literatura o ser humano é espectador da sua própria vida, ou, ao
menos, daquela visão mais ampla dentro da qual a sua vida é contida.” Por isso,
que Mia Couto(2007), num texto de
apresentação da obra disse: “Este “A Ciência de Deus e o Sexo das Borboletas” retoma aquilo que é uma
vocação quase esquecida na nossa literatura: a de visitar o nosso quotidiano
por via de um voo muito especial que se chama ironia.”
8. Bibliografia
Dicionário Enciclopédico Alfa (1992). Lisboa: Publicações
Alfa
Costa, D. (2007) A
Ciência de Deus e o sexo das borboletas. Maputo: Njira
Giddens, A.(2001) Sociologia.
4ª Edição. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian
Couto, M. (2007) Apresentação de “A Ciência de Deus e O Sexo
das Borboletas”,de Daniel
da Costa. Maputo-Teatro Avenida, no dia
13 de Setembro de 2007
Nascimento, L.M.M. (2003) O aspecto social presente em “ Vozes anoitecidas”, particularmente no
[acessado no
dia 26 de Agosto de 2013]
Quive, J.V. (2005) A
Representação da Poligamia em Niketche: Um pretexto para o questionamento da
tradição e modernidade moçambicana. Maputo: UEM. Trabalho de Licenciatura (não
publicada)
Sem comentários:
Enviar um comentário