quarta-feira, 24 de abril de 2013

Autor/ Escritor/poeta/ emissor


Emissor

 A comunicação literária, segundo Aguiar e Silva (1984), é uma comunicação do tipo disjuntivo, isto é, ocorre in absenti, de uma das instâncias designadas por emissor e por receptor e com um lapso temporal de maior ou menor amplitude entre o momento de emissão e o momento de recepção.
A comunicação literária é destituída de um contexto de situação idêntico ao contexto de situação de comunicação linguística, uma vez que este não é bidireccional, ou seja não há reversibilidade das funções de emissor e do receptor, esta é unidireccional.
Analisando a figura de emissor, Aguiar e Silva (1984), afirma que o emissor é a instância que produz a mensagem, e pode também ser designada por fonte. E no contexto da comunicação literária, são atribuídas ao emissor as designações genéricas de autor, escritor e poeta.
Etimológica e semanticamente, poeta é aquele que faz, aquele que produz e executa. Autor é aquele que esta na origem de algo, aquele que faz produzir e crescer e que é também, em conformidade como uso jurídico do vocábulo, o garante. Escritor é aquele que utilizando um código grafémico, transmite determinados sinais através de determinado canal produzindo mensagens com determinadas características sintácticas, semânticas e pragmáticas.
O emissor/autor de um texto literário é a instância imediatamente responsável pela produção desse texto, e é sempre um sujeito empírico e histórico, ou seja, é uma entidade física, registada e identificada o qual podemos contacta-lo e trocar impressões. Contudo, por vezes os textos literários podem se apresentar como anónimos, apresentando-se sem nome, sem autor, isto é devido a censura ou imposição extrema, como se verificou em certos momentos da história da humanidade. Existem outras formas de se apresentar o emissor nos textos literários, por exemplos, alguns usam o pseudónimo, onde o autor assina o texto usando um nome fictício, usa um outro nome que não seja realmente seu. Por exemplo no contexto da literatura moçambicana temos o escritor Ungulane Ba Ka Khosa, cujo seu nome de identificação é Francisco Esaú Cossa, mas assina os seus textos usando o primeiro nome acima citado. Outros autores usam os heterónimos, isto é, criam um autor dotado de personalidade própria, que torna-se responsável pela produção do texto, um dos exemplos mais significativos do uso desta técnica é o poeta português Fernando Pessoa, cujos seus textos eram assinados usando vários heterónimos, Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro.
Aguiar e Silva apresenta-nos algumas possibilidades das quais os emissores podem usar para assinar os seus textos. Os textos podem ser anónimos, podem ser assinados usando o pseudónimo ou heterónimo. E explica as razões de um texto ser apresentado com um autor anónimo, contudo, não explica quais as razões que levam um autor a assinar usando heterónimos.

Criação ou produção literária.

  Neste capitulo Aguiar e Silva procura explicar qual deve ser o conceito a usar no âmbito da comunicação literária, uma vez que existe uma problemática no concernente ao uso do termo, isto é, qual é o termo que se enquadra no âmbito da actividade do emissor. Pode-se chamar criação ou produção?
Mas antes, explica que até meados do século XVIII, a poesia e a poética estava ligada ao princípio aristotélico de mimese, representação, imitação. E com o movimento renascentista, surge a chamada teoria de génio, aquele que cria que faz as coisas aparecerem do nada, a epifania. O que se contrapõem a produção, uma vez que produção implica trabalho, investigação, observação, etc.
E para tal recorre a pontos de vista adoptado por alguns autores, por exemplo, cita Macherey, que defende que o conceito de criação, implica o mistério, a epifania, o dom inexplicável e, por outro lado elimina, ou oculta o trabalho real que esta na origem da obra literária. E Benjamim, que sustenta que a arte se encontra dependente de certa técnicas de produção que por sua vez, se integra num conjunto de relações sociais instituídas entre o produtor artístico e o seu público. E é neste contexto que o termo criação vai sendo desvalorizado, uma vez que exclui de certa forma o trabalho, ao olhar o escritor, poeta, autor como um indivíduo dotado de ”poderes mágicos “.
O texto literário é resultado de trabalho, que é uma actividade ou pratica social, desenvolvida pelos homens em sociedade, e trabalho pressupõe produção de algo.
Mas os formalistas russos, preferiram usar o termo ou conceito construção, uma vez que o autor tem a sua disposição, material literário, ao qual impõe um princípio construtor, isto é, uma determinada intenção artística, de modo que a obra literária se configura como uma complexa interacção de numerosos factores. Os formalistas centram de certa forma para o conceito intertextualidade, uma vez que os textos mantém uma relação directa com outros textos da sua época, autores, e de outras regiões, etc.


Autor empírico, autor textual, narrador

Autor é o primeiro agente e o primordial responsável da enunciação literária, Aguiar e Silva entende enunciação literária como a operação individual através da qual o autor se apropriação apenas da língua literária.
Nos textos literários podemos identificar o autor empírico, autor textual e o narrador.
O autor empírico é a pessoa real, o ser de carne e osso integrado dentro de uma sociedade e identificável, aquele que existe no mundo natural, cujo nome civil figura, regra geral na capa das suas obras, enquanto, o autor textual é aquele que é criado pelo autor empírico, segundo Aguiar e Silva, o autor textual é uma espécie de “segundo eu” que é inseparável à totalidade de uma obra, e cuja imagem o leitor construirá como uma imagem ficcional. Resumindo, o autor empírico possui existência jurídica, ‘e um ser biológico e social enquanto o autor textual é uma entidade ficcional que tem o papel de enunciador do texto, é uma entidade que existe efectivamente no texto literário. O autor textual pode criar um ou mais narradores, que irão assumir a função de entidade enunciadora do discurso.

O emissor e a poética formalista

A teoria formalista tende a abolir o pólo da comunicação literária constituído pelo emissor. E liga o autor à obra, olhando-se o autor como uma máscara e uma ficção criada na obra e, em geral parte da própria obra. Do ponto de vista dos formalistas, o autor cria a obra, e a obra cria o seu autor. O formalismo caracteriza-se na sua essência por desvalorizar o emissor/autor, centrando-se na análise da obra literária em si, olhando-a como uma convenção e não como imagem de uma vivência, ou como algo que mantém uma relação entre a realidade e a ficção poética. É neste contexto que Mukarovsky diz: “se a obra inacabada como esquisso, se apresenta como dependente ainda do seu criador, a obra acabada, pelo contrário, é uma propriedade comum, privada de um vínculo directo com o autor”. Verifica-se deste modo a desvalorização do autor pelos formalistas, uma vez que consideram a obra acabada como uma propriedade comum, sem nenhum vínculo com o autor. O formalismo exclui o autor, uma vez que o considera irrelevante para a interpretação da obra, centrando-se somente nos elementos textuais.

A supressão do emissor/autor na poética contemporânea
A poética contemporânea, continua sendo influenciada em grande medida pelos princípios formalistas de transcendência do texto literário em relação ao autor. E a eliminação radical do emissor/autor, representa uma manifestação específica de um processo filosófico e ideológico mais amplo e profundo que atingiu o seu ponto máximo na década de sessenta do século XX.
Do ponto de vista filosófico, a supressão do autor é motivada pelo facto de o homem não dispor da linguagem, e é a linguagem que dispõe do homem. Uma vez que o significado de um texto ultrapassa o seu autor.
A supressão do emissor/ autor na poética contemporânea pode ser justificada pelo facto de se considerar o autor como um ser variável, uma vez que, dispondo do material literário, ele vai destruindo e construindo novos textos, estabelecendo sempre um diálogo com outros textos, imitando-os, renovando-os, etc.
A supressão do emissor/autor, pode de certa forma ser devida pelo facto de tentar dotar a obra de certos aspectos atemporais, bem como motivado por factores socioeconómico, bem como histórico




Bibliografia
Aguiar e Silva. V.M. (1984). Teoria da Literatura, 6ª edição. Coimbra. Livraria Almedina.
      pp. 193-253 

domingo, 31 de março de 2013

Resumo da primeira guerra mundial


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A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

DOS ANTECEDENTES AOS TRATADOS DE PAZ 
(1914-1918)




A SITUAÇÃO INTERNACIONAL EM FINAIS DO SÉCULO XIX E PRINCÍPIOS DO SECULO XX


1. O surgimento de novas potências capitalistas

Este período foi caracterizado pela transição de um regime capitalista de livre concorrência para o capitalismo monopolista, surgiu então uma nova qualidade do capitalismo, o Imperialismo ou sociedades industriais.
 A rápida industrialização levou ao surgimento de novas potências industriais como a Alemanha na Europa, os EUA na América e o Japão na Ásia.

As grandes potências industriais


Em 1870
Em 1913
1
Inglaterra
EUA
2
EUA
Alemanha
3
França
Inglaterra
4
Alemanha
França

Ao analisares o quadro, podes constatar que, por um lado, o desenvolvimento económico dos EUA, sobretudo a partir da guerra de secessão (1865), retirou à Europa o seu tradicional domínio sobre o mundo, por outro lado, a Alemanha, desde a sua unificação e da guerra franco-prussiana (1871), desenvolveu-se rapidamente e pôs em perigo a hegemonia inglesa na Europa.

A industrialização acelerou a expansão colonial e a conquista de novos mercados e zonas de investimento de capitais. Esta expansão e a tendência para uma nova partilha do mundo, muito desejada pela Alemanha, agravaram as contradições imperialistas.

- As preocupações de alguns estados europeus rivais:
Alemanha - como nova potencia, estava preocupada em alargar a sua área de influência para conquistar mercados e fontes de matérias-primas. Seus interesses divergiram com as aspirações das velhas potências coloniais, a Inglaterra e a França.

Inglaterra - A sua politica externa, visava fundamentalmente travar a rápida expansão da Alemanha que punha em causa a sua hegemonia.

França - Estava interessada em recuperar da Alemanha as regiões da Alsácia e Lorena, perdidas na guerra franco-prussiana.


Império Austro-húngaros -Dominando povos diferentes da Europa Central e Balcânica, enfrentava problemas de nacionalidade, sendo aliado da Alemanha. Aspirava dominar os Balcãs.

Império Turco-Otomano- Um velho Império politicamente decente e economicamente dependente. Era alvo da cobiça por parte das potências indústrias, enfrentando também levantamentos nacionalistas nos Balcãs.

Império Russo - Preocupado em ter acesso ao Mar Mediterrâneo através dos estreitos de Bósforo e Dardanelos, no Mar negro, os seus interesses opunham-se aos dos outros dois impérios. Promoveu o nacionalismo eslavo nos territórios balcânicos.

2. AS RIVALIDADES EUROPEIAS E A FORMAÇÃO DE BLOCOS MILITARES

A intensificação das rivalidades entre a Alemanha e a Inglaterra, entre a França e a Alemanha e entre os impérios Russo e Austro-Húngaro acabaram por levar a formação de Blocos militares.

Os Blocos militar

a) A tríplice Aliança - Em 1882, Bismark, chanceler da Alemanha, firmou a tríplice Aliança com o Império Austro-Húngaro e a Itália. Esta aliança reflectia tanto a rivalidade entre a Alemanha e a França como também a rivalidade entre a Áustria-Hungria e Rússia.
                                                                                                               
b)A tríplice Entente - Surgiu com resposta à tríplice Aliança.
Em 1897, a Rússia e a França negociaram uma aliança, a Dúplice Entendimento, posteriormente, em 1904, a Inglaterra e a França, pondo de um lado uma longa inimizade, celebraram um acordo que ficou conhecido como a Entente Cordiale.

Finalmente e em 1907, a França, Inglaterra e Rússia constituíram a tríplice Entente. A Inglaterra, temendo o domínio germânico na região dos estreitos onde os técnicos alemães montavam a linha férrea Berlim-Bizâncio-Bagdad, apoiava a Rússia.

Com a divisão da Europa em dois Blocos Militares, assistiu-se a uma corrida aos armamentos e ao agravamento da tensão na Europa, foi o período da PAZ ARMADA ou CORRIDA AO ARMAMENTO.


Os conflitos e disputas regionais no inicio do século XX, agravaram a tensão entre as grandes potencias, nomeadamente:
- A disputa de Marrocos desde 1905, entre a França e a Alemanha.
- A anexação das províncias sérvias da Bósnia e Herzegovina pelo Império Austro-Húngaro, e, 1908.
-A 1ª Guerra Balcânica, em 1911, que levou à libertação dos territórios balcânicos do domínio turco.
-A 2ª Guerra Balcânica, em 1912, provocada pelas contradições em torno da divisão dos territórios libertos do domínio turco.


3. AS CAUSAS DA 1ªGUERRA MUNDIAL

Podemos de forma resumida, concluir que as causas da 1ªGuerra Mundial, foram:

a)      O surgimento de novas potências industriais;

b)      Rivalidades entre as potências industriais pelo controlo de mercados e fontes de matéria primas.

c)      Desenvolvimento dos movimentos nacionalistas nos Impérios Centrais e nos Balcãs;

d)     A politica de alianças que deu origem aos blocos militares;

e)      A existência de focos permanentes de tensão (na questão da Alsácia e Lorena, bem como da crise nos Balcãs.)


4. INÍCIO DAS HOSTILIDADES[1]


Em 28 de Junho de 1914, foi assassinado em Sarajevo, capital da Bósnia, o Arquiduque austríaco Francisco Fernando. A autoria do atentado coube a uma organização nacionalista servia

Na sequência deste acontecimento, o Império Austro-húngaro enviou um ultimato à Sérvia, a que esta, apoiada pela Rússia, rejeitou.
E assim, um mês depois do atentado de Sarajevo, a Áustria-Hungria, não satisfeita com o resultado das investigações enviadas pela Sérvia, declara guerra a esta nação e logo a 29 de Julho do mesmo ano, a Áustria ataca a Sérvia, iniciando deste modo a primeira guerra mundial.

Seguiram-se então grandes movimentações militares:

a)      A 1 de Agosto de 1914-A Alemanha declara guerra à Rússia, depois, desta ter decretado a mobilização geral.

b)      A 03 de Agosto de 1914- A Alemanha declara guerra a França.

c)      A 04 de Agosto de 1914- A Alemanha invade a Bélgica ao que a Inglaterra responde com uma declaração de guerra à Alemanha, alegando a violação da neutralidade belga.

5. QUESTIONÁRIO

Com base no texto e no que aprendeste nas aulas, procura responder às perguntas seguintes da forma mais completa possível.



1.      Terá sido o assassinato de Sarajevo a verdadeira causa da guerra? Justifica a resposta com que aprendeste.
2.      Os Balcãs, em véspera da guerra, constituíram a região do globo de maior tensão política. Justifica a afirmação com o que aprendeste.
3.      Menciona os blocos militares formados antes da guerra e os países que os constituíam.
4.      Refere-te sucintamente ao Plano Von Schieffen.



















II

O DESENVOLVIMENTO DA GUERRA



Fases da guerra
                             
1ª Fase - Guerra de movimento (1914)
2ª Fase - Guerra de posições ou de trincheiras (1915-1917)
3ª Fase -Guerra de Movimento (1918)


1ª Fase - Guerra de movimento (1914)

O desencadeamento e o desenvolvimento inicial da guerra obedeceu a um plano previamente elaborado pela Alemanha, O PLANO SCHELIFFEN, ou plano da guerra relâmpago em duas frentes militares não simultâneas.


2ª Fase - Guerra de posições ou de trincheiras (1915-1917)

É a fase de prolongamento e extensão da guerra.
Nela surgiram novas estratégias militares, tais como: bombardeamentos de artilharia e assaltos de infantaria com apoio de tanques e gases asfixiantes. Assim, com o objectivo de atingir o inimigo nas trincheiras, inova-se o material de guerra, caso concreto dos canhões, morteiros e carros blindados.
É nesta fase que se trava a batalha mais sangrenta: A BATALHA DE VERDUN (1915). Esta batalha durou cerca de oito (8) meses. Os aliados conseguiram se defender dos intensos bombardeamentos alemão e deste modo travarem a tomada de Paris pela Alemanha.

Travou-se também a BATALHA DA JUTLÂNDIA, que registou elevados prejuízos para as frotas alemã e Inglesa, a Alemanha desencadeou esta ofensiva numa tentativa de romper o bloqueio inglês.

E a 02 de Abril de 1917, os EUA declararam guerra a Alemanha, como consequência da guerra submarina alemã. Os EUA entraram na guerra ao lado da tríplice Entente, em defesa dos seus interesses económicos e financeiros, pois eram os principais credores da tríplice entente.

A 03 de Março de 1918, a Rússia abandona a guerra, devido ao triunfo da revolução Socialista de Outubro. O partido Bolchevique considerava a paz fundamental para a vitória do socialismo e a reconstrução do país. Tendo antes, assinado com a Alemanha, o TRATADO DE BREST-LITOVSK[2]. A saída da Rússia enfraqueceu os aliados, na frente oriental.

3ª Fase -Guerra de Movimento (1918)

É a fase em se realizaram as grandes ofensivas de 1918, quando os alemães lançaram de Março a Julho uma desesperada campanha pelo nordeste da França com o objectivo de alcançarem Paris antes da chegada em massa do contingente americano. E em Agosto, uma contra ofensiva da Entente levou a capitulação da Alemanha. Ainda em Novembro do mesmo ano, grandes greves e agitação popular levaram a capitulação do Imperador da Alemanha, Guilherme II. E consequentemente, o novo governo republicano alemão, a 11 de Novembro de 1918, assina o armistício, pondo fim a primeira guerra mundial.

CONSEQUÊNCIAS DA 1ªGUERRA MUNDIAL

OS TRATADOS DE PAZ E A SOCIEDADE DAS NAÇÕES

1. O TRATADO DE VERSALHES (Junho de 1919)
Segundo este tratado, a Alemanha foi a grande responsável da guerra e por isso:
a)      Perdeu as suas colónias em África e na Ásia a favor da Inglaterra, França e Japão.

b)      A Alsácia e Lorena foram reintegradas na soberania francesa.

c)      A região da Renânia foi desmilitarizada e a cidade de Dantzig, com o seu território, foi constituída cidade livre e colocada sob a protecção da Sociedade das Nações.

d)     Foi proibido a Alemanha de possuir um exército com mais de 100.000 homens e não podia constituir ou possuir qualquer força aérea ou naval.

e)      Foi obrigada a pagar aos aliados vencedores uma elevada indemnização de guerra.
                              
2. TRATADO DE SAINT-GERMAIN (1919)

a)      A Áustria foi obrigada a reconhecer a independência da Hungria, Jugoslávia, Checoslováquia e Polónia.

b)      Foi proibido à Áustria de se unir a Alemanha.


3. FUNDAÇÃO DA SOCIEDADE DAS NAÇÕES (SDN)

A 28 de Abril de 1919, apôs o fim da primeira guerra mundial, foi decidida a criação de uma organização internacional com base nas decisões da Conferência de Paris. A SDN foi uma organização mais de carácter político, com sede em Genebra (Suíça).

A SDN tinha como objectivos, o seguinte:
a)      Salvaguardar a paz, a independência e a integridade territorial dos Estados;
b)      Arbitrar todos os conflitos internacionais;
c)      Aplicar sanções;
d)     Evitar a corrida ao armamento 9 promovendo o desarmamento das nações consideradas perigosas)
e)      Promover a cooperação social, cultural, económica e financeira das nações;
f)       Proteger as minorias nacionais.




4. CONSEQUÊNCIAS DA 1ªGUERRA MUNDIAL DE ORDEM ECONÓMICA E SOCIAL.

        i.            A Europa perdeu a hegemonia económica e financeira no Mundo a favor dos EUA e do Japão. Alguns Estados europeus neutros também prosperaram com a guerra como a Suíça, Suécia, Noruega, Holanda e Dinamarca.

      ii.            Enormes destruições materiais e humanas, com a desorganização completa da agricultura e da indústria.

    iii.            Terão morrido 10 milhões de pessoas e 19 milhões terão ficado feridas e 5 milhões de pessoas ficaram inválidas.

5. QUESTIONÁRIO

Com base no texto e no que aprendeste nas aulas, procura responder às perguntas seguintes da forma mais completa possível.

5.      Que acontecimento fez fracassar o plano de guerra relâmpago alemão?
6.      Porque razões entraram e saíram respectivamente da guerra os EUA e a Rússia Soviética?
7.      Explica a grande prosperidade económica dos EUA com a guerra.
8.      Enumera quatro (4) medidas tomadas em relação Alemanha pelas potências vencedoras da guerra.
9.      Menciona os objectivos da Sociedade das Nações.


[1] Conjunto de operações da Guerra.
[2] Com este tratado a Rússia, saia da Guerra perdendo alguns territórios como a Polónia e os países Bálticos e reconhecia a independência da Ucrania iopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiop asdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyucvbnm